Com o aumento do número de crianças obesas, elas também passaram a sofrer de problemas "adultos" como colesterol alto.
Há algumas décadas, temas como a obesidade ou elevação das taxas de colesterol costumava estar relacionado apenas ao mundo adulto. Porém, diante do aumento considerável de casos de crianças obesas e com altos níveis de colesterol no sangue, esse quadro mudou.
Atualmente, no mundo inteiro, discute-se a necessidade de instituir medidas para evitar que esses males afetem a saúde dos pequenos. A boa notícia é que está ao seu alcance tentar vencer essa batalha: para começar, é fundamental mudar alguns comportamentos adotados dentro de sua casa.
As principais razões para a elevação das taxas de colesterol das crianças são os maus hábitos alimentares, a falta de uma rotina de horários para se fazer às refeições e o sedentarismo. Crianças que não têm atividades físicas regulares, que consomem grandes quantidades de guloseimas supercalóricas e não possuem hora certa para sentar-se à mesa têm chances maiores de apresentar este problema.
Além destes casos, existem também algumas que sofrem com colesterol alto devido a problemas endócrinos (hormonais), de origem genética. Todas, no entanto, necessitam de reeducação alimentar, praticar atividades físicas regulares e receber um acompanhamento médico.
E, para começar, é preciso avaliar a despensa e a geladeira da família, pois as crianças vêem os pais, irmãos, avós e "cuidadores" como seus grandes exemplos e tendem a "copiar" seus comportamentos, inclusive os hábitos alimentares. Elas também desenvolvem o paladar experimentando os alimentos disponíveis dentro de casa.
Deve-se evitar oferecer diariamente guloseimas como doces, balas, frituras ou refrigerantes. Não é necessário excluir estes itens das compras, mas restringir a freqüência com que são consumidos e a quantidade.
Por outro lado, é preciso aumentar a ingestão de frutas, legumes, verduras e cereais integrais, que são ricos em nutrientes e fibras, que também colaboram para o controle do colesterol.
Outra dica é que os pais evitem oferecer produtos desnatados ou diet, a menos que a criança seja diabética. Na maioria dos casos, não indicamos grande restrição calórica, pois as crianças estão em fase de crescimento e precisam de reserva energética. O melhor é incentivar o consumo de alimentos saudáveis e mudar os hábitos delas.
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