quinta-feira, 25 de novembro de 2010

25 de novembro: Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue














Você alguma vez na vida já doou sangue? Não? Que tal aproveitar o dia de hoje e fazer este gesto que pode salvar várias vidas?

O que é preciso para doar sangue?
- Sentir-se bem, com saúde;
- Levar um documento com foto;
- Ter entre 18 e 65 anos de idade;
- Pesar mais de 50kg

Quem não pode doar sangue?
- Pessoas com diagnóstico de hepatite após os 10 anos de idade;
- Mulheres grávidas ou amamentando;
- Pessoas com doenças transmissíveis pelo sangue, como AIDS, hepatite, sífilis e doença de chagas;
- Usuário de drogas;

O que acontece com o sangue doado?
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (como hemácias, plaquetas, plasma e outros), e assim, poderá beneficiar até quatro pacientes com apenas uma doação.
As unidades que apresentarem algum teste positivo, não poderão ser utilizadas, sendo descartadas.
Os componentes são distribuídos para os hospitais da cidade para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.
Onde doar sangue?
Procure o hemocentro mais próximo da sua casa e faça este gesto de amor a vida.

Para esclarecimento de maiores dúvidas, acesse o site: http://www.facaalguemnascerdenovo.com.br/duvidasfrequentes

Neste mesmo site é possível acompanhar depoimentos de diversas pessoas que passaram por uma transfusão de sangue e foram salvos, graças a estas doações.

http://www.facaalguemnascerdenovo.com.br/


Doe sangue e salve vidas!

Vigorexia










A vigorexia, também chamada de Síndrome de Adônis, é um transtorno que torna indivíduos obsessivos por atividades físicas como forma de obter o corpo magro e musculoso. Tal transtorno acomete principalmente homens, mas também pode ocorrer em mulheres.

Considerada como um Transtorno Obsessivo Compulsivo, a vigorexia é vista em homens que mesmo estando com muita massa muscular se vêem fracos, magros e esqueléticos. Buscam eliminar completamente alimentos que contenham gorduras e consomem exageradamente proteínas.

A vigorexia é bastante comparada com a anorexia, pois ambos os transtornos são estimulados pela busca incessante do corpo perfeito que é pregado constantemente pela mídia e sociedade.

Apesar de todas as características clínicas da Vigorexia, vários autores não a consideram uma nova doença ou uma entidade clínica própria, mas sim, uma manifestação clínica de um quadro já amplamente descrito: o Transtorno Dismórfico Corporal. Essa manifestação clínica separada seria o chamado Transtorno Dismórfico Muscular (ou Vigorexia).

Embora exista um grande número de pessoas mais ou menos preocupadas com sua aparência, para ser diagnosticado Dismorfia, deve haver sofrimento significativo e uma reiterada obsessão com alguma parte do corpo que impeça uma vida normal. Quando esse quadro todo se fixa na questão muscular, havendo uma busca obsessiva para uma silhueta perfeita, o transtorno se chamará Vigorexia ou Transtorno Dismórfico Muscular.

É difícil estabelecer limites entre um exercício saudável e um exercício obsessivo, mas é bom lembrar que os vigoréxicos, além da musculação continuada, comem de forma atípica e exagerada. Esses pacientes se pesam várias vezes por dia e fazem continuadas comparações com outros companheiros de academia. A doença vai derivando num quadro obsessivo-compulsivo, de tal forma que eles se sentem fracassados, abandonam suas atividades e se isolam em academias dia e noite.

A Vigorexia deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo-compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal.

Uma das conseqüências da vigorexia ou overtraining, dizem respeito ao excesso de treinamento e às reações corporais que avisam, por assim dizer, que algo está errado. São reações semelhantes ao estresse tais como: insônia, falta de apetite, irritabilidade, desinteresse sexual, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de concentração entre outras.

A situação se agrava quando surge o consumo de esteróides e anabolizantes com o fim de conseguir "melhores resultados". O consumo destas sustâncias aumenta o risco de doenças cardiovasculares, lesões hepáticas, disfunções sexuais, diminuição do tamanho dos testículos e maior propensão ao câncer da próstata.


FONTE: PSIQWEB http://gballone.sites.uol.com.br/alimentar/vigorexia.html . Acessado em 24 de novembro de 2010.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Compulsão Alimentar












O transtorno da compulsão alimentar periódica é caracterizado por um comportamento de ingestão de grande quantidade de comida em um período de tempo delimitado (até duas horas). Acompanha uma sensação de perda de controle sobre o que ou o quanto se come, com episódios ocorrendo, ao menos, por dois dias na semana, por um período de seis meses, sem comportamentos compensatórios a fim de se perder peso. Geralmente, a pessoa come sozinha, por vergonha da quantidade de alimentos que consome 1. Durante os episódios de compulsão alimentar, o desejo de comer em excesso ocorre de maneira incontrolável. Tanto a comida quanto o peso tornam-se preocupações persistentes do indivíduo 2.

As pessoas que apresentam o transtorno de comer compulsivo têm ataques bulímicos repetidos, mas não evidenciam as medidas patológicas de controle de peso (através de comportamento compensatório) que os pacientes com bulimia nervosa utilizam como vômitos, abuso de laxativos e exercício físico excessivo. Durante a compulsão, o indivíduo sente como se não tivesse nenhuma possibilidade de controlar sua atitude compulsiva alimentar e, após o episódio, refere desconforto psicológico 1. Sentimentos como angústia subjetiva, incluindo vergonha, nojo e/ ou culpa são comuns em pacientes com compulsão alimentar 3. Perfeccionismo, impulsividade e pensamentos dicotômicos de “tudo ou nada” (total controle ou descontrole) também são comuns 4.

A quantidade de alimentos ingeridos, a duração de um episódio de comer compulsivo, ou mesmo o valor da perda de controle sobre a ingestão alimentar são difíceis de se caracterizar 3. Conforme Appolinário 5 (2006), a constituição alimentar dos episódios é extremamente variável, havendo um predomínio de alimentos com alto valor calórico e preferencialmente do grupo dos carboidratos, sendo os alimentos preferidos: doces, tortas, chocolates, bolos e pães. Alguns indivíduos relatam maior vontade de ingerir leite e derivados, acompanhados ou não de chocolates e achocolatados. As calorias ingeridas variam, podendo ser desde quantidades um pouco superiores a ingestão habitual até o extremo de 6.000 kcal/ episódio. A compulsão costuma ocorrer com mais frequência ao final do dia, quando o paciente já cumpriu com todas as suas tarefas diárias 5.

Complicações Clínicas:
A maior complicação da compulsão alimentar na saúde é o desenvolvimento da obesidade. Doenças associadas com a obesidade também são comuns como: diabetes melito, hipertensão arterial sistêmica, colesterol elevado, problemas cardíacos, na vesícula biliar e certos tipos de câncer 1. Além disso, os episódios de compulsão alimentar exercem um impacto importante sobre o metabolismo dos carboidratos. Ocorre um aumento importante na glicemia de jejum no dia seguinte a uma ingestão elevada de alimentos com um aumento maior da resposta à insulina quando comparada a valores obtidos durante três dias de refeições normais, ocasionando um impacto adverso sobre o metabolismo da glicose e insulina, o que justifica a dificuldade dos pacientes com compulsão alimentar em estabelecer um padrão energético adequado 6.

Tratamento Nutricional:
O tratamento do transtorno da compulsão alimentar periódica deve ser multidisciplinar. A orientação nutricional deve centrar-se, primeiramente, para que haja uma diminuição da frequência dos episódios de compulsão alimentar e, posteriormente, focar na perda gradual de peso do indivíduo, quando for o caso, através de uma dieta flexível. A prática de atividade física deve ser incentivada. Os sintomas depressivos devem ser tratados a fim de melhorar a autoestima do paciente e reduzir sua ansiedade 7.

O nutricionista ao atuar no tratamento de transtornos alimentares deve entender amplamente desta desordem, suas complicações psicológicas, médicas e nutricionais. O profissional deve conhecer quais são as populações específicas de risco de desenvolvimento destes distúrbios e quais são os cuidados especiais ao ter de lidar com este tipo de paciente. A American Dietetic Association defende a posição de que a educação e a intervenção nutricional, por parte de um nutricionista é essencial no tratamento dos pacientes com transtornos alimentares 1.

Referências:
1American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association: Nutrition intervention in the treatment of anorexia nervosa, bulimia nervosa, and eating disorders not otherwise specified (EDNOS). J. Am. Diet. Assoc., v. 101, n. 7, p. 810 -819, july. 2001.

2 PAPELBAUM, Marcelo; APPOLINÁRIO, José C. Transtorno da compulsão alimentar periódica e transtorno obsessivo compulsivo: partes de um mesmo espectro? Rev. Bras. Psiquiatr., São Paulo, v. 23, n. 1, p. 38 -40, mar. 2001.


3 AZEVEDO, Alexandre P.; SANTOS, Cimâni C.; FONSECA, Dulcineia C. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Rev. Psiq. Clin., São Paulo, v. 31, n. 4, p. 170 -172, 2004.

4 STEFANO, Sérgio C.; BORGES, Maria B.F.; CLAUDINO, Angélica M. Transtorno da compulsão alimentar periódica. Psiquiatria na prática médica, v. 33, n. 1. 2000. Disponível em: http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/atu1_07.htm. Acesso em: 25 set. 2009.

5 APPOLINÁRIO, José C. Transtorno do comer compulsivo. In: NUNES, Angélica. Transtornos alimentares e obesidade. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006.

6 TAYLOR, Anne E.; HUBBARD, Jane; ANDERSON, Ellen J. Impact of Binge Eating on metabolic and Leptin Dynamics in Normal Young Women. J. Clin. Endocrionol. Metab., v. 84, n.2, 1999.

7 BORGESA, Maria B.F.; JORGEB, Miguel R. Evolução histórica do conceito de compulsão alimentar. Psiquiatria na Prática Médica, São Paulo, v. 33, n. 4, p. 113 -118, out. / dez. 2000.

sábado, 6 de novembro de 2010

Bulimia









A bulimia é um transtorno alimentar que tem como principal característica episódios de compulsão alimentar (grande ingestão de alimentos em um período de tempo muito pequeno) seguido de métodos compensatórios para a perda de peso. As pessoas com bulimia acabam vivendo em circulo vicioso de compulsão – purgação.

Um quadro de bulimia nervosa pode iniciar por uma necessidade real ou imaginária de perda de peso, decorrente de extrema insatisfação com o corpo. No entanto, diferentemente das anoréxicas, na maior parte das vezes, as bulímicas conseguem aceitar um peso que é mais adequado para sua idade e estatura, ainda que desejem se manter próximas aos limites inferiores dos padrões de normalidade.

Para a maioria das bulímicas, as tentativas de restringirem excessivamente a ingestão de alimentos para controlarem o peso se mostram sem sucesso, uma vez que não conseguem mantê-la por um longo prazo. Pelo menos inicialmente, a fome costuma ser o principal disparador de um episódio bulímico. Tais episódios geram um grande desespero, pois as ameaçam naquilo que mais temem: o ganho de peso. No começo, evitam este risco por meio de métodos menos invasivos, como exercícios físicos intensos ou restringirem ainda mais a alimentação (e até ficarem em jejum), até que se envolvem em manobras compensatórias, como indução do vômito e uso de laxantes ou/ e diuréticos.

Nos episódios compulsivos, as bulímicas ingerem, em média, de duas a cinco mil calorias, havendo relatos que alcançam mais de 15 mil calorias em um único episódio. Os alimentos preferidos são os fáceis de engolir e vomitar, em geral, altamente calóricos, como: sorvete, chocolate, balas, doces, bolo, biscoitos, leite condensado, pipoca, salgadinhos e pizza, todos consumidos em exagero. Em média os episódios duram pouco mais de uma hora, podendo variar entre 15 minutos e oito horas.

As manobras utilizadas para compensar a ingestão calórica elevada são diversas. Algumas mastigam a comida e cospem antes mesmo de engolir, porém a grande maioria recorre ao vômito. Algumas também, acreditando que impedem a absorção de calorias, utilizam laxantes.

Complicações Clínicas
As complicações clínicas da bulimia vão variar dependendo do tipo de método compensatório que a paciente utiliza para perder peso.

Vômitos excessivos podem ocasionar calosidade no dorso da mão pela lesão de pele causada pelos dentes ao provocar o vômito (sinal de Russel), erosão do esmalte dentário e cáries. A paciente ainda pode apresentar dor abdominal, gastrite, esofagite, erosões gastroesofágicas, sangramentos e em casos mais graves perfuração esofágica e ruptura gástrica.

O consumo contínuo e abusivo de laxantes gera dependência. O intestino passa a necessitar de doses cada vez mais elevadas para obter efeitos semelhantes, o que gera verdadeiro abuso de laxantes, com risco de graves complicações clínicas.

Tratamento Nutricional:

O tratamento nutricional na bulimia nervosa busca a mudança no comportamento alimentar, auxiliando na parada dos processos purgativos. A adoção de um esquema e diário alimentar e a orientação nutricional demonstram ser um importante auxílio no manejo inicial dos sintomas para interrupção dos comportamentos compensatórios e da compulsão periódica.

História de oscilação de peso importante acompanha grande número de pacientes bulímicas. Embora apresentem um peso normal e não necessitem de um programa para reposição de peso, elas precisam ser levadas a alimentarem-se adequadamente, abandonando as práticas restritivas e aceitando a ideia de atingir um peso que talvez considerem além do desejado. Mesmo que apresentem algum grau de sobrepeso e até mesmo de obesidade, elas devem propor-se a uma mudança no comportamento alimentar sem ter como objetivo a perda de peso. Vale ressaltar que o fato de a paciente reestruturar sua alimentação e mudar os hábitos alimentares, não raro, permite uma perda de peso sem auxílio de uma dieta restrita em calorias.

O uso de alimentos diet e light é desaconselhado. O Nutricionista auxilia a paciente a adquiri um novo padrão alimentar, encorajando-a ao consumo de todo tipo de alimentos que não representem restrição calórica.

Levantar as dúvidas da paciente, traduzir seus anseios a respeito da nutrição, desmistificar falsos conhecimentos sobre sua alimentação normal e sadia é a responsabilidade do Nutricionista no tratamento da bulimia.

Lembrando sempre que os transtornos alimentares devem ser tratados dentro de uma equipe multidisciplinar.

Referências:

AZEVEDO, Angélica de M.C; ABUCHAIM, Ana L. Bulimia Nervosa: Classificação, Diagnóstico e Quadro Clínico. In: NUNES, Angélica. Transtornos alimentares e obesidade. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006.

BRAGA, Cláudia L. Manejo Nutricional. In: NUNES, Angélica. Transtornos alimentares e obesidade. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2006.