quarta-feira, 14 de julho de 2010
Endometriose
O que é?
Endometriose é uma das doenças mais comuns da mulher moderna na idade reprodutiva, e consiste na presença de endométrio (camada interna do útero) em locais fora do útero. Até 10% das mulheres em todo o mundo apresentam essa doença.
As manifestações mais comuns são dor e/ ou infertilidade. O quadro varia bastante, dependendo do grau da endometriose e dos órgãos envolvidos. Aproximadamente 20% das mulheres têm apenas dor, 60% tem dor e infertilidade e 20% apenas infertilidade.
A dor da endometriose pode ser de vários tipos: cólica menstrual intensa, dor abdominal na relação sexual, e cólica intestinal nas menstruações. Menstruação irregular, dor ao urinar, sangramento na urina e sintomas respiratórios também podem estar associados.
O diagnóstico é feito através da história clínica, exame ginecológico, ecografia e exames laboratoriais. A certeza, porém, só vem através da biopsia, feita por cirurgia ou, preferivelmente, laparoscopia (procedimento com instrumentos cirúrgicos introduzidos através de pequenos orifícios no abdômen, manipulados com auxilio de instrumentos de ótica e/ ou vídeo). Nem sempre é necessário o manejo cirúrgico para instituir o tratamento. Pode haver evidência clínica suficiente para iniciar tratamentos mesmo sem laparoscopia.
Qual o melhor tratamento?
Após a avaliação cuidadosa de cada caso, o médico e a paciente vão definir juntos qual a melhor opção. Basicamente, há dois tipos de tratamentos: para mulheres que desejam engravidar e para as que não desejam. Os sintomas e o desejo de engravidar determinam a terapia mais adequada. Os principais objetivos do tratamento são:
a) controlar a dor;
b) preservar ou restaurar a fertilidade e
c) retardar a progressão da doença e a recorrência.
Os tratamentos incluem: observação, em pacientes assintomáticos e que não desejam gestar, analgésicos para dor moderada; interrupção dos ciclos menstruais com anticoncepcional hormonal contínuo; progesterona de uso diário; medicamentos que inibem o funcionamento dos ovários e cirurgia, que visa destruir o tecido endometrial, remover as lesões e restaurar a anatomia pélvica tanto quanto possível. Mais recentemente, tem se usado DIU (dispositivo Intra- Uterino) medicado com levonorgestrel para pacientes selecionados, com bons resultados. A remoção das lesões por laparoscopia aumenta as chances de gestação em mulheres inférteis.
É fundamental que as pacientes mantenham o acompanhamento médico continuado. Sabe-se que pacientes que abandonam o tratamento têm piora significativa dos sintomas.
Como se previne?
Não há prevenção, mas mulheres que usam anticoncepcionais orais têm menor incidência da doença.
Papel da dieta:
Como a constipação é prejudicial, é útil ingerir alimentos com fibras e cereais diversos. A ingestão de proteínas é importante para o sistema imunológico e diversas outras funções, mas certas carnes contêm hormônios femininos como estradiol, que pioram a endometriose. Deve-se também evitar o ganho de peso, que faz piorar a dor pélvica. Também, a gordura em excesso produz hormônios femininos, como estrógeno. A supervisão por profissional Nutricionista torna o tratamento mais efetivo.
Fonte: Dra. Mônica Petter Schneider. Jornal da Saúde. 1º edição.
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Ana, parabéns, excelente o teu blog. Achei através do twitter.
ResponderExcluirTenho endometriose e gostei muito do texto sobre o assunto. Bem informativo e instrutivo, principalmente pra algumas mulheres que ainda estão meio perdidas sem saber o assunto, e para aqueles que estão convivendo e não entendem bem o que a mulher sente.
Muito bom, parabéns novamente!
Que bom que gostou do blog, fico muito feliz!!
ResponderExcluirQuanto ao texto, tenho que dar os créditos a fonte, pois retirei este texto de uma matéria publicada pela Dr. Mônica Petter Schneider no Jornal da Saúde, 1ºed. No geral, eu mesma elaboro os textos, mas este, apenas reproduzi para repassar a informação.
Volte sempre ao blog!