segunda-feira, 12 de julho de 2010
Diabetes
Uma epidemia de Diabetes Mellitus (DM) está em curso. Em 1985 estimava-se que existissem 30 milhões de adultos com DM no mundo; esse número cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 173 milhões em 2002, com projeção de chegar a 300 milhões em 2030.
O número de indivíduos diabéticos está aumentando devido ao crescimento e ao envelhecimento populacional, à maior urbanização, à crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como a maior sobrevida do paciente com DM.
O DM não é uma única doença, mas sim, um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. Essa hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em ambos.
Existem quatro tipos de DM: DM tipo 1, DM tipo 2, outros tipos específicos e DM gestacional.
Diabetes Mellitus tipo I:
É a forma presente de DM em 5 a 10% dos casos. É caracterizado por uma deficiência de insulina, causada por um ataque auto-imune às células beta do pâncreas, devido a um estímulo ambiental, como uma infecção viral e um determinante genético, que permite que as células beta do pâncreas sejam reconhecidas como "estranhas" pelo organismo. Neste caso, o pâncreas falha em responder adequadamente a ingestão de glicose e a terapia com insulina se faz necessária. É comum o paciente apresentar os seguintes sintomas: poliúria (micção frequente), polidipsia (sede excessiva) e polifagia (fome excessiva).
Diabetes Mellitus tipo II:
É a forma mais presente de diabetes, caracterizando-se por defeitos na ação e na secreção de insulina. Em geral, ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta, porém pode haver predomínio de um deles. A maioria dos pacientes com essa forma de DM apresenta sobrepeso ou obesidade.O DM2 pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente é diagnosticado após os 40 anos.
Resistência à insulina é a capacidade diminuída dos tecidos alvo (fígado, tecido adiposo e músculo) de responderem às concentrações circulantes normais de insulina.
A obesidade é a causa mais comum de resistência à insulina, tendendo a aumentar com o ganho de peso e a diminuir com a perda de peso.
Tratamento nutricional:
A orientação nutricional e o estabelecimento de dieta para o controle do DM associados a mudanças no estilo de vida, incluindo a atividade física, são considerados terapias de primeira escolha. Está comprovado que esta associação provoca uma melhora na sensibilidade à insulina, diminui os níveis plasmáticos de glicose e reduz de forma expressiva a circunferência abdominal e a gordura visceral.
O plano alimentar deve ser fracionado em 6 refeições, sendo três principais e três lanches. Quanto à forma de preparo dos alimentos, preferir os grelhados, assados, cozidos no vapor, ou até mesmo crus.
Hortaliças, leguminosas, grãos integrais e frutas, devem ser consumidos dentro do contexto de uma alimentação saudável. O açúcar de mesa ou produtos contendo açúcar podem eventualmente ser ingeridos pelo paciente com DM, mas com a quantidade indica por Nutricionista.
Fonte: Diretriz Brasileira de Diabetes - Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006
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