quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Meu filho não quer comer. E agora?


Para que seu filho coma de tudo, o ideal é incentivá-lo desde pequeno a comer alimentos de sabores e texturas variados.

É comum ouvir essa queixa vinda dos pais e muitos realmente ficam desesperados ao ver seus filhos recusando todo tipo de alimento. A apreensão é legítima, mas é bom saber que o apetite tende a diminuir dos 3 aos 6 anos de idade, período em que o ritmo de crescimento desacelera, refletindo diretamente no apetite.

A primeira atitude quando as crianças não comem ou só querem saber de beliscos, é procurar o pediatra ou nutricionista para uma avaliação. Na consulta é verificado se há alguma deficiência e analisam-se os hábitos alimentares da criança e da família. Se necessário, o profissional os orienta a fazer uma reeducação alimentar, pois as crianças tendem a imitar quem cuida delas.

Se os pais procuram o nutricionista preocupados em proporcionar aos filhos uma alimentação mais saudável, a primeira coisa a saber é se eles dão o exemplo ou se precisam mudar seus hábitos. Quando as crianças têm até 3 anos, a reeducação é dirigida somente a eles, mas a partir desta idade já se começa a trabalhar também com os pequenos.

O pequeno começa a conhecer novos alimentos a partir dos 6 meses de idade, quando são introduzidas novidades em seu cardápio. Nesta fase é super importante que os pais ofereçam a ele alimentos de sabores e texturas variadas. Assim, quando completar um ano de vida estará apto para comer o mesmo que o restante da família, com pequenas modificações.

Mas se ele se recusa a comer, não é recomendado à utilização de truques para enganá-lo e fazê-lo engolir o que não gosta. O correto é respeitar suas escolhas e orientá-lo a ter hábitos saudáveis. Isso não quer dizer que você não possa dar uma forcinha, convidando os amiguinhos de seu filho para o lanche ou mudando de ambiente. Muitas mães contam que seus filhos comem alimentos na escola que recusam em casa. Isso acontece devido ao ambiente de socialização e à presença de outras crianças comendo.

Se o seu objetivo é acostumar seu filho a se alimentar melhor, o aconselhado é rever sua lista de supermercado, evitando comprar alimentos super salgados ou doces, com pouco ou nenhum valor nutricional. A partir do momento em que a mãe enche o armário de salgadinhos, está estimulando o filho a comer. Nenhum alimento deve ser proibido, mas o consumo precisa ser consciente, mesmo quando a crianças é magrinha. É bom deixar estipulado quantos pacotes de bolachas, por exemplo, ela pode consumir por mês.

Antes de ir ao supermercado faça um acordo com seu filho, estipulando quantos iogurtes, biscoitos, salgadinhos e chocolates ele pode comprar e até quando aquela comprinha deve durar.

Leve seu filho aos sacolões e feiras livres, onde as frutas e legumes são dispostos de forma atrativa e se pode experimentá-las. O resultado é surpreendente porque nestes locais ninguém está forçando nada e, como as crianças são muito curiosas, sempre descobrem uma fruta ou legume diferente.

Nunca se deve chantagear uma criança, obrigando-a a comer em troca de recompensa. Quando os pais dizem que se não comerem arroz, feijão, carne e salada não vão ganhar sobremesa, estão mandando a mensagem de que aqueles alimentos não são bons quanto o doce. Além disso, faz com que os pequenos cresçam acreditando que açúcar é recompensa para tudo. Na vida adulta, sempre que perderem alguma coisa ou ficar triste, vão correr para o pote de doce.

Outros fatores importantes são: não colocar a TV na sala de jantar, para não distrair a criança na hora das refeições e sempre que possível reunir a família à mesa em clima de alegria. É importante a mãe oferecer os alimentos dizendo o quanto são gostosos e comer junto com a criança. Além disso, procure oferecer saladas, sanduíches, tortas e bolos em formatos divertidos e coloridos que contenham verduras, legumes e frutas, procurando sempre variar os alimentos durante as refeições.

Fonte: Site Nestlé

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