quinta-feira, 20 de maio de 2010
Diabetes Gestacional
Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é a intolerância aos carboidratos diagnosticada pela primeira vez durante a gestação, e que pode ou não persistir após o parto.
O Diabetes Mellitus Gestacional ocorre de 1 a 14% das gestações e está associado a aumento da morbidade e mortalidade perinatal.
Fatores de risco para o desenvolvimento de DMG:
- idade superior a 25 anos;
- obesidade ou ganho excessivo de peso durante a gravidez atual;
- deposição central excessiva de gordura corporal;
- história familiar de diabetes em parentes de primeiro grau;
- baixa estatura (menor que 1,50 m);
- crescimento excessivo do feto, hipertensão ou pré- eclâmpsia na gravidez atual;
- aborto espontâneo;
- filhos anteriores com peso de nascimento igual ou maior que 4 kg ou com malformação congênita.
O rastreamento do DMG é feito através do exame sanguíneo de glicemia de jejum. As gestantes que apresentam glicemia de jejum alterada realizam o teste de tolerância à glicose, para confirmação do diagnóstico.
O tratamento nutricional consiste em adequar as quantidades de calorias ingeridas (para que haja um adequado ganho de peso e excelente desenvolvimento do feto) e adequação da quantidade de carboidratos ingeridos, com redução no consumo de carboidratos simples, como açúcar, doces e achocolatados. Adoçantes artificiais (aspartame, sacarina, etc) podem ser usados com moderação. Além disso, os horários das refeições devem ser respeitados, não devendo a grávida ficar mais de três horas sem se alimentar.
O DMG não é indicação para cesariana, sendo a via do parto uma decisão obstétrica.
Se após duas semanas de dieta os níveis de glicêmia permanecerem elevados é recomendado início do tratamento com insulina.
Pacientes com Diabetes Gestacional devem ter seu nível de glicose sanguíneo reavaliado 4 a 6 semanas após o parto e reclassificadas quanto ao nível de glicose sanguínea. Na maioria dos casos, há reversão do quadro de Diabetes, porém, existe um risco de 17 a 63% de desenvolvimento de Diabetes tipo II dentro de 5 a 16 anos após o parto.
Grávidas com diabetes que não controlam sua alimentação durante a gestação, podem gerar bebês com peso maior do que o recomendado para a idade, o que no futuro, pode contribuir para que esta criança se torne obesa. Além disso, a hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) diminuí a quantidade de hemoglobina disponível para o feto, podendo o bebê nascer com níveis menores de ferro no fígado, coração e cérebro.
Realizar o pré -natal é a melhor maneira de garantir a saúde tanto da Mãe quanto do bebê.
Fontes: Diretriz Brasileira de Diabetes - Sociedade Brasileira de Diabetes, 2006.
VITOLO, Márcia R. Estratégias de Intervenção Nutricional. In: VITOLO, Márcia R. 1º ed. Rio de Janeiro: Reichamann & Affonso Editores,2003.
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