A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo que envolve uma série de alterações metabólicas, como:
- sobrepeso ou obesidade, caracterizada principalmente por acumulo de gordura abdominal (gordura visceral);
- apresentar uma circunferência abdominal maior que 102 cm para homens e 88 cm para mulheres;
- ter diabetes mellitus ou resistência a insulina;
- hipertensão arterial;
- dislipidemia, com níveis de triglicerídeos elevados.
Estes fatores que compõem a SM, aumentam o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em até 2,5 vezes e o risco de mortalidade geral em até 1,5 vezes.
A predisposição genética, a alimentação inadequada e a inatividade física estão entre os principais fatores que contribuem para o surgimento da SM.
Outros fatores importante são o estilo de vida sedentário, a idade maior do que 40 anos, histórico familiar de diabetes, hipertensão arterial ou doença cardiovascular, história de intolerância a carboidratos ou diabetes mellitus gestacional, síndrome dos ovários policisticos e esteatose hepática não alcoólica.
A realização de um plano alimentar para a redução de peso, associada a exercício físico são considerados tratamentos de primeira escolha na SM. Esta associação reduz expressivamente a circunferência abdominal e a gordura visceral, melhora a sensibilidade à insulina, diminui os níveis plasmáticos de glicose,podendo prevenir ou retardar o aparecimento do diabetes tipo II. Há ainda uma redução expressiva dos níveis de pressão arterial e dos níveis de triglicerídeos, com aumento do HDL-colesterol.
A adoção de um estilo de vida saudável, com uma alimentação adequada (com diminuição no consumo de calorias, diminuição no consumo de alimentos ricos em gordura saturada (alimentos de origem animal), alimentos ricos em gorduras trans, diminuição na ingestão de açúcar, doces e no consumo de sal, aliado ao aumento no consumo de frutas, hortaliças e cereais integrais) e a prática de atividade física são componentes básicos para a prevenção da SM. O tabagismo deve ser completamente eliminado, pois aumenta o risco cardiovascular.
Referência:
I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica (Arquivos Brasileiros de Cardiologia- Volume 84, Suplemento I, abril, 2005).
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