quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mulher é mais suscetível a sofrer de pressão alta






















Dia Nacional de Prevenção e Controle da Hipertensão, que acontece dia 29 de abril, salienta a importância da adesão ao tratamento.

A mudança do estilo de vida, a rotina estafante e a necessidade de assumir vários papéis estão fazendo com que a mulher sofra mais de pressão alta. Pesquisa recente do Ministério da Saúde revela que 27,2% das brasileiras têm hipertensão. Um índice maior que o dos homens: 21,2%. Para especialistas, a mudança nos hábitos femininos serve de reflexão para o Dia Nacional de Prevenção e Controle da Hipertensão, comemorado dia 29 de abril. O dia terá o slogan “Eu sou 12 por 8”, em referência ao indicador de uma pressão considerada normal.

A redução da pressão arterial em mulheres é um fator significativo para prevenir enfarte ou acidente vascular cerebral (AVC), segundo um estudo feito com cerca de 9 mil pacientes em 11 países, publicado no Hypertension: Journal of the American Heart Association. A diminuição da pressão em 15 mmHg, aponta a pesquisa, afastaria a possibilidade desses eventos em 40% das mulheres.

E uma das medidas mais eficazes para a redução desses níveis é a diminuição do peso. “Cada cinco quilos perdidos reduzem de 10 a 20 milímetros de mercúrio na pressão arterial. Isso significa que uma pessoa que tem pressão 160 por 100 pode reduzir para 140 por 150, sem usar medicamentos”, salienta o cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças Dalton Bertolim Precoma. Além da manutenção do peso, diminuição do sal na comida, melhora dos hábitos alimentares e prática regular de exercícios físicos são medidas que ajudam no controle da pressão, além do uso de medicamento específico quando necessário.

O que fazer?
Para manter a pressão no nível ideal (de 120 por 80 ou menos), algumas medidas são importantes:

- Mantenha regularmente uma atividade física.

- Diminua o consumo de sal e sódio proveniente de alimentos industrializados.

- Evite refrigerantes, até mesmo os da versão diet e light. Pesquisas mostram que o consumo dessa bebida aumenta as chances de desenvolver problemas cardiovasculares.

- Controle o peso. Quilos a menos significam pressão mais baixa.

- Verifique a pressão regularmente, principalmente após os 40 anos ou quando há casos da doença na família.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia.

A adesão ao tratamento da doença, no entanto, é baixa: apenas uma em cada quatro pessoas hipertensas estão em tratamento. “É preciso conscientização e que as campanhas sejam mais ostensivas. A hipertensão gera custos altíssimos para a saúde, já que muitos têm de se submeter a cirurgias complexas como colocação de ponte de safena”, afirma o presidente do departamento de pressão arterial Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcus Vinícius Bolívar Malachias.

Problemas

Para o cardiologista do Hospital Cardiológico Costantini Miguel Morita Fernandes da Silva, a falta de sintomas – na maior parte dos casos – e a dificuldade de adequar o tratamento à rotina são fatores que fazem o paciente não seguir com a medicação. “Pelo organismo estar acostumado com um nível mais alto, ele pode ter um mal estar em um primeiro momento e crer que o remédio faz mal, o que não é verdade”.

A hipertensão mal tratada, de acordo com o cardiologista Miguel Morita, pode levar a outras complicações como insuficiência renal, enfarte e AVC. Para descobrir o problema, a melhor forma é medir a pressão regularmente. “Não tem outra maneira de saber. Todo adulto deve medir pelo menos uma vez ao ano e regularmente após aos 40 anos”, saliente Morita.

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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